Na cabeça um balde d'agua
No meu peito a nossa dor
Nos caminhos dessa vida
Sapato é coisa de doutor
Minha terra não tem palmeiras e o sabiá morreu
E o galo que cantava
no Terreiro já se foi
Foi pra longe cantar alto
de navio ou avião
Minha terra não tem galo
e todo gado morreu
Quarenta quilos de tristeza
Terra rachada de sol
Pau-a-pique virou forno
Limoeiro nem nasceu
Minha Terra não tem água
pra lavar chagas do chão
O violeiro que tocava
Trocou viola por arroz
e chora pra matar a sede
com suas lagrimas de sal
Maiolino Thomaz
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
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